domingo, 7 de novembro de 2010

Carta do Fidalgo a suas mulheres [Mónica Barros, 9.E]

Minhas caras mulheres:

Vos escrevo do Paraíso, pois  não tinha pecados e entrei na Barca da Glória, como seria de esperar,
Vou falar para ambas, que merecem saber tudo o que fui em vida.
Minha querida Isabel, tens nome de Rainha e, talvez por isso, achei que terias educação.
Mal morri, foste logo para os braços de outro, nunca tal  pensei. Quando estava em Terra, juravas ser só minha, e agora fazes-me isto?
Estou muito desiludido, por culpa tua quase ia parar ao Inferno.  Quando evaporares, por cá nos encontraremos...
E agora dirijo-me a si minha querida esposa. Não lhe vou mentir a si, vim para o Inferno, pecados era coisa que não me faltavam. Fiquei muito triste consigo, uma vez que  quando parti chorou de alegria, mas que horror, que desfaçatez. Afinal você não me amou? Por si fiz de tudo, até fui a um Onzeneiro pedir dinheiro para lhe comprar jóias.... Seu destino será  irmão do meu e do da minha concubina: o Inferno!

                            
                                                                                        Sem mais nada para dizer,       
Anrique        

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