domingo, 11 de outubro de 2009

A NOTÍCIA


Certo dia um Lisboeta decide ir ao Porto visitar a sua família.
Como era a primeira vez que vinha a esta maravilhosa cidade, decide dar uma volta para conhecer melhor a cidade onde viviam os seus familiares. A certa altura no coração da cidade vê um menino a ser atacado por um dobberman. Seguindo o seu instinto, corre para junto do incidente e atira-se para cima do Cão. Depois de luta intensa e desesperada o corajoso homem consegue agarrar o pescoço do cão e sufoca-o até à morte.
Exausto, o valente homem vê aproximar-se outro homem, que corria na sua direcção.
Chegado a sua beira ele diz:
- O Senhor é espantoso, corajoso, incrível. Eu sou jornalista e amanhã na primeira página do meu jornal estará a seguinte Manchete:

"CORAJOSO PORTUENSE SALVA CRIANÇA DE MORTE CERTA."

Ao que o lisboeta responde:
- Muito Obrigado, mas há um equivoco, é que eu não sou do Porto, mas sim de Lisboa, vim visitar uns familiares e blá, blá, blá...

No dia seguinte a primeira página do jornal era a seguinte:
"MOURO MATA SEM PIEDADE CÃO DE FAMÍLIA."

1. Tendo por base esta “estória”, elabora um pequeno texto onde reflictas sobre a importância da imparcialidade na redacção de um texto noticioso.

Efectivamente, esta pequena “estória” é interessante, pois demonstra-nos que a linguagem pode deturpar a realidade.
O jornalista observa um facto e admira o protagonista da acção, contudo quando toma consciência que o individuo não é do seu Porto, passou-o de bestial a besta.
O jornalista em questão não agiu correctamente uma vez que colocou a sua opinião 8bairrismo) acima da ética profissional que o deveria nortear.
Definitivamente, a linguagem tem as suas armadilhas.
REDE LP 1

Em boa verdade, o texto jornalístico deve pautar-se pela justiça e isenção. Em caso algum o jornalista deve dar a sua opinião, sob pena de quebrar as regras deontológicas. Infelizmente, nem todos os jornalistas respeitam as regras e deveres da sua profissão. O jornalista a que esta “estória” se refere não age de forma correcta, uma vez que deixa que a paixão pela cidade do Porto se sobreponha à verdade dos factos. Assim, o jornalista ao tomar conhecimento que o indivíduo que salvou a criança não era portuense, deturpou a ocorrência e transformou o salvador da criança num criminoso. Esta pequena anedota ilustra na perfeição a capacidade que a linguagem tem de alterar a realidade.
REDE LP 2

Sem dúvida, a imparcialidade é fundamental na laboração de uma notícia.
Note-se que no caso ilustrado pela anedota, o jornalista não foi correcto nem imparcial, nem tão pouco ético. o que ele fez foi confundir um um facto com um opinião pessoa isto è : deixou que a sua paixão pela cidade do Porto se sobrepusesse à verdade dos factos.
REDE LP 3
Lipograma

Um indivíduo que veio do Sul observou um menor ser mordido ferozmente por um ser vivo doméstico perigoso, um repórter viu o sucedido e quis escrever sobre isto. Porém no momento em que soube que o homem veio do sul, ficou cego e esqueceu os seus deveres éticos. Preferiu defender o Porto. REDE LP 3

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