domingo, 25 de outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

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domingo, 18 de outubro de 2009

(boa) Publicidade

Amanhã Aconteceu ! | Alexandre O'Neill


Que é notícia?

Um hoje que nunca é hoje,

um amanhã que é já ontem

entre ontens que se perdem

no anteontem dos anos

no tresantontem dos lustros...

Que é notícia?

Amanhã acontecido,

notícia é sempre um depois,

é um a viver vivido...

Que é notícia?

Notícia é devoração!

Aí vai ela pela goela

que há-de engolir tudo e todos!

Aí vai ela, lá foi ela!

Nem trabalho de moela

retém notícia...

Notícia sem coração!

Que é notícia?

Cão perdeu-se! Por que não?

Cão achou-se! Ainda bem!

Ainda melhor, por sinal,

se o cão perdido e o achado

forem um só e o mesmo

«lidos» no mesmo jornal!

Que é notícia?

Damos notícia um ao outro

do nosso interesse comum.

Fui Cavalheiro amanhã.

Ontem Senhora serás.

Como eu não há nenhum!...

Que é notícia?

Quando o primeiro tortulho

se abre no céu (silhueta

que em símbolo se tornará)

onde estou, estouvava eu?

Estava com a tia Henriqueta...

Que é notícia?

Fechada para balanço,

tia Queta dormitava.

Com a folhinha nos joelhos,

do tortulho, que treslera,

já em feto se engelhava...

Que é notícia?

Das convulsões deste mundo

dava meu pai a versão:

- Ailitla por toda a Europa...

O guarda-roupa, meu filho,

varia, a tragédia não...

Que é notícia?

O bom do velhote ia

na terceira dentição...

Que é notícia?

Alcatruz que se abalança

a tornar à sua água?

Já o de Éfeso sabia:

não se molha duas vezes

o lenço na mesma mágoa...

Que é notícia?

Notícia em primeira mão

na minha mão infantil:

o papagaio empinado

no claro céu da manhã,

meu jornal publicado

por cima de tanto afã...

Mas terá sido notícia?

Que é notícia?



Alexandre O'Neill
De Ombro na Ombreira (1969)
In Poesias Completas

Lisboa, Assírio & Alvim, 200

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vamos ao cinema?

A Esperança Está Onde Menos Se Espera

domingo, 11 de outubro de 2009

Quando o jornal é notícia...


O Diário de Notícias foi distinguido na categoria de Infografia de Reportagem, com um trabalho de Ana Kaiseler (infografia) e Leonídio Paulo Ferreira (texto).

Dentro desta categoria, o jornal Público foi a outra publicação portuguesa distinguida.

O jornal Expresso e a revista do El Mundo receberam o prémio da publicação com melhor design do ano. As outras publicações portuguesas com trabalhos premiados neste certame foram o jornal i, a revista Única, do jornal Expresso, ou o Público online.

Organizado pelo capítulo Español de La Society for News Design (SNDE), este prémio inclui jornais e revista em papel e também publicações online.

Do júri, composto por personalidades ligadas aos media e ao design, destacam-se os nomes de Fernando Barata, director de arte da revista Sábado, e Armando Alves, director de arte do jornal O Jogo.

Criado para impulsionar a qualidade visual e o design dos jornais e revistas, o ÑH6, pretende reconhecer as boas práticas no trabalho jornalístico da imagem-fotografia, ilustração, desenho e infografia.

A entrega dos prémios decorrerá a 13 de Novembro, em Lisboa. (retirado daqui).


Infografia é uma representação visual da informação. Estes gráficos são usados onde a informação precisa ser explicada de forma mais dinâmica, como em mapas, jornalismo e manuais técnicos, educativos ou científicos. É um recurso muitas vezes complexo, podendo se utilizar da combinação de fotografia, desenho e texto. (saber mais)

Articuladores Discursivos

Há ferramentas linguísticas que te ajudam a melhor explicitares as tuas ideias. São os chamados articuladores de discurso. Apresentamos-te uma lista com os mais utilizados:

Para provar: com efeito; sem dúvida; de certo; com certeza; efectivamente; deste modo; na verdade; em verdade; ora.

Para explicitar: isto é; ou antes; aliás; ou melhor; melhor dizendo; então; tomemos como exemplo; pode dizer-se; é o caso de; neste caso; como veremos; até; sendo assim; por vezes; veja-se; compare-se; assim; observe-se.

Para ilustrar/exemplificar: assim; por exemplo; ressalte-se; saliente-se; importa salientar; é importante frisar.

Para reforçar a ideia: além de; além disso; ainda; sobretudo; neste caso; também; por esta razão; note-se; de acordo com; como já foi dito; por isso; na grande maioria; em favor de; em virtude de;

Para atenuar ou restringir: pelo menos; ressalve-se; neste caso; no entanto; todavia;

Para concluir: em conclusão; finalmente; por todas estas razões; definitivamente; consequentemente; em consequência.

A NOTÍCIA


Certo dia um Lisboeta decide ir ao Porto visitar a sua família.
Como era a primeira vez que vinha a esta maravilhosa cidade, decide dar uma volta para conhecer melhor a cidade onde viviam os seus familiares. A certa altura no coração da cidade vê um menino a ser atacado por um dobberman. Seguindo o seu instinto, corre para junto do incidente e atira-se para cima do Cão. Depois de luta intensa e desesperada o corajoso homem consegue agarrar o pescoço do cão e sufoca-o até à morte.
Exausto, o valente homem vê aproximar-se outro homem, que corria na sua direcção.
Chegado a sua beira ele diz:
- O Senhor é espantoso, corajoso, incrível. Eu sou jornalista e amanhã na primeira página do meu jornal estará a seguinte Manchete:

"CORAJOSO PORTUENSE SALVA CRIANÇA DE MORTE CERTA."

Ao que o lisboeta responde:
- Muito Obrigado, mas há um equivoco, é que eu não sou do Porto, mas sim de Lisboa, vim visitar uns familiares e blá, blá, blá...

No dia seguinte a primeira página do jornal era a seguinte:
"MOURO MATA SEM PIEDADE CÃO DE FAMÍLIA."

1. Tendo por base esta “estória”, elabora um pequeno texto onde reflictas sobre a importância da imparcialidade na redacção de um texto noticioso.

Efectivamente, esta pequena “estória” é interessante, pois demonstra-nos que a linguagem pode deturpar a realidade.
O jornalista observa um facto e admira o protagonista da acção, contudo quando toma consciência que o individuo não é do seu Porto, passou-o de bestial a besta.
O jornalista em questão não agiu correctamente uma vez que colocou a sua opinião 8bairrismo) acima da ética profissional que o deveria nortear.
Definitivamente, a linguagem tem as suas armadilhas.
REDE LP 1

Em boa verdade, o texto jornalístico deve pautar-se pela justiça e isenção. Em caso algum o jornalista deve dar a sua opinião, sob pena de quebrar as regras deontológicas. Infelizmente, nem todos os jornalistas respeitam as regras e deveres da sua profissão. O jornalista a que esta “estória” se refere não age de forma correcta, uma vez que deixa que a paixão pela cidade do Porto se sobreponha à verdade dos factos. Assim, o jornalista ao tomar conhecimento que o indivíduo que salvou a criança não era portuense, deturpou a ocorrência e transformou o salvador da criança num criminoso. Esta pequena anedota ilustra na perfeição a capacidade que a linguagem tem de alterar a realidade.
REDE LP 2

Sem dúvida, a imparcialidade é fundamental na laboração de uma notícia.
Note-se que no caso ilustrado pela anedota, o jornalista não foi correcto nem imparcial, nem tão pouco ético. o que ele fez foi confundir um um facto com um opinião pessoa isto è : deixou que a sua paixão pela cidade do Porto se sobrepusesse à verdade dos factos.
REDE LP 3
Lipograma

Um indivíduo que veio do Sul observou um menor ser mordido ferozmente por um ser vivo doméstico perigoso, um repórter viu o sucedido e quis escrever sobre isto. Porém no momento em que soube que o homem veio do sul, ficou cego e esqueceu os seus deveres éticos. Preferiu defender o Porto. REDE LP 3

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009